sexta-feira, 30 de março de 2012

Economia deve acelerar no segundo trimestre

O Indicador Serasa Experian de Perspectiva da Atividade Econômica cresceu 0,4% em janeiro frente dezembro, atingindo o valor de 98,5.
Situação da Economia no Brasil atual
Foi a sexta variação mensal positiva consecutiva do indicador que, por sua metodologia de construção, possui a propriedade de antever os movimentos cíclicos da atividade econômica com seis meses de antecedência.
Apesar desta recuperação, a atividade econômica ainda estará abaixo do seu potencial (nível 100).
No entanto, as variações mais recentes se mostram cada vez maiores, sinalizando que a economia tende a acelerar o ritmo de crescimento em 2012.
A manutenção das taxas de desemprego em níveis historicamente baixos, os efeitos do aumento do salário mínimo e introdução de novos incentivos fiscais, entre outros fatores, devem contribuir para aceleração da economia, observam os economistas da Serasa Experian.

quinta-feira, 29 de março de 2012

Veja os principais pontos da Lei Geral da Copa


Um dos pontos mais polêmicos nos debates na Câmara dos Deputados sobre a Lei Geral da Copa (PL 2330/11) foi a liberação ou não da venda de bebidas alcoólicas nos estádios durante a Copa das Confederações de 2013 e a Copa do Mundo de 2014. O projeto, que foi aprovado pelos deputados nesta quarta-feira (28), também tem outros pontos importantes como os artigos que tratam da responsabilidade da União por danos causados à Fifa e a criação de cotas de ingressos populares.
Leia a íntegra do texto aprovado pelos deputados.
Pelo texto, a liberação da venda de bebidas alcoólicas nos estádios durante as partidas terá de ser negociada pela Fifa com cada estado. A regra geral que permitia a venda de bebidas foi retirada do texto pelo relator, mas o Plenário manteve artigo que suspende normas do Estatuto do Torcedor (Lei 10.671/03) sobre o tema. Como o estatuto é genérico sobre a venda de bebidas, cada estado regulamentou o assunto de maneira diferente.
Responsabilidade Civil
Outro ponto controverso do projeto é o que obriga o governo a indenizar a Fifa diante de determinadas ocorrências, como incidentes relacionados a segurança. De acordo com o texto, a União responderá pelos danos que causar por ação ou omissão que causar à federação Internacional de Futebol. Se os danos forem causados por terceiros, a União indenizará a Fifa e poderá cobrar essa indenização daqueles que causaram o dano.
Comércio
Em relação às restrições comerciais nas imediações dos jogos, a lei prevê que a União colaborará com estados, municípios e Distrito Federal no sentido de assegurar à Fifa a exclusividade para divulgar marcas e distribuir, vender ou fazer propaganda de produtos e serviços.
O mesmo serve para atividade de comércio de rua tanto nos locais oficiais de competição, quanto nas suas imediações e principais vias de acesso. A proibição não abrange o comércio em funcionamento regular, desde que as vendas não sejam associadas aos eventos esportivos.
O projeto especifica ainda que a Fifa é titular exclusiva de todos os direitos relacionados às imagens, aos sons e às outras formas de expressão dos eventos, incluindo os de explorar, negociar, autorizar e proibir transmissões ou retransmissões. Essa regra não atingirá pessoas que exibirem os jogos em televisões ou telões, já que a exibição não associada à promoção comercial ou à cobrança de ingressos não representa ato ilegal.
Penas
O projeto fixa penas de detenção e multa para situações de violação dos direitos comerciais da Fifa sobre as competições. Reproduzir ou imitar os símbolos oficiais, por exemplo, dará detenção de três meses a um ano. A igual pena estará sujeito quem expuser marcas ou produtos sem autorização da Fifa nos eventos.
Os limites mínimo ou máximo de multas estipuladas pelo Estatuto do Torcedor poderão ser reduzidos ou aumentados em até dez vezes no caso desses crimes e nos de cambismo, fraude de resultados ou tumulto nos estádios.
Todas as novas tipificações penais introduzidas pelo projeto terão validade até 31 de dezembro de 2014.
Ingressos populares
Os valores dos ingressos, que serão divididos em quatro categorias, serão determinados pela Fifa. A proposta reserva 300 mil ingressos populares para as partidas da Copa do Mundo e um mínimo de 50 mil dessa modalidade para os jogos da Copa das Confederações em todas as fases de venda.
Essa cota será oferecida apenas aos residentes no Brasil, por sorteio, com prioridade para estudantes, idosos com 60 anos ou mais e participantes do Bolsa Família. Eles terão direito a comprar ingresso com desconto de 50%, e o sorteio será acompanhado pelo governo federal.
Se a cota não for comprada totalmente por esse público, o restante poderá ser vendido a qualquer pessoa residente no país, sem o desconto e da forma a ser estabelecida pela Fifa.
Foi retirada a restrição que impedia a concessão do desconto de 50% para idosos sobre ingressos incluídos em pacotes turísticos, de hospitalidade ou outros pacotes similares. O desconto valerá para todas as categorias de ingresso.
Na venda de ingressos para jogos da seleção brasileira, foi incluída regra para garantir que um mínimo de 10% do total de ingressos será da categoria mais barata.
Já os ingressos para indígenas e portadores de armas de fogo que aderirem a uma campanha de desarmamento deverão ser objeto de acordo.
Uma das mudanças feitas pelo relator da Lei Geral da Copa, deputado Vicente Candido (PT-SP), estabelece que, pelo menos, 1% dos ingressos ofertados, na forma de um regulamento, serão reservados para venda às pessoas com deficiência. A iniciativa dependerá de acordo com os estados. Os ingressos dos acompanhantes não estão incluídos nesse percentual.
Agência Senado
(Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)

Deputados acompanharão fiscalização do TCU e da CGU em hospitais


Deputados da Comissão de Fiscalização Financeira e Controle se unirão ao Tribunal de Contas da União (TCU) e à Controladoria Geral da União (CGU) para acompanhar a força-tarefa contra a corrupção nos hospitais do Rio de Janeiro.
O programa Fantástico, da TV Globo, flagrou empresas num esquema de propinas, suborno, licitações combinadas, tudo envolvendo valores milionários, com desvio de dinheiro público nos contratos com o Hospital de Pediatria da Universidade Federal do Rio de Janeiro.
O grupo de fiscalização, liderado pelo deputado Filipe Pereira (PSC-RJ), pretende vistoriar outras capitais e municípios onde existam suspeitas de fraudes em licitações e desvios de verbas públicas.
"Temos muita coisa na saúde a fiscalizar e eu não acredito que em dois, três meses a gente consiga esmiuçar tudo o que possa estar ocorrendo. Espero que não haja muita coisa, mas, se tiver, será detectado pela nossa comissão. Se esses municípios tiverem recebimento de recurso público federal, a nossa comissão tem a reponsabilidade de ficalizar e acompanhar", afirmou.
Filipe Pereira é o presidente de subcomissão criada pela Comissão de Fiscalização Financeira para acompanhamento, fiscalização e controle dos recursos públicos federais destinados à saúde no Brasil.
O relator da subcomissão, deputado Aureo (PRTB-RJ), disse que a preocupação com as falhas no sistema público de saúde é antiga. "Hoje há uma fragilidade muito grande de controle na rede pública: em controle de almoxarifado, no desperdício de material, em medicamentos que ficam vencidos. A gente tem que tentar, através desse trabalho, sugerir a mudança no ministério de controle e também sugerir propostas novas".
Reportagem - Keila Santana
Edição - Wilson Silveira

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Câmara organiza formação de professores voltada à cidadania

Cinquenta e quatro professores de todo o Brasil participarão, em agosto, do programa Missão Pedagógica no Parlamento, criado pela Câmara com o objetivo de oferecer aos educadores formação em educação para a democracia. Para participar, o professor deve atuar nos ensinos fundamental e/ou médio e apresentar relato de uma experiência pedagógica na qual tenha abordado os temas de democracia, cidadania, política ou Poder Legislativo junto aos alunos.



Câmara organiza formação de professores voltada à cidadaniaO Centro de Formação e Treinamento da Câmara (Cefor), que organiza o encontro, explica que a semana de formação vai proporcionar aos professores a oportunidade de “aprender e socializar saberes e práticas sobre como fazer da escola um espaço privilegiado para a vivência de experiências e valores democráticos e para o fortalecimento da cidadania”. Posteriormente, os participantes também poderão concluir módulos a distância.

Entre os objetivos do programa, ainda segundo o Cefor, está a criação de uma rede nacional pela inclusão, nas práticas pedagógicas das escolas brasileiras, da educação para a democracia. O Missão Pedagógica no Parlamento pretende ainda fornecer aos professores subsídios didáticos que contribuam para a inserção de temas relativos à democracia e à cidadania no cotidiano escolar; e criar um banco de projetos pedagógicos na área de educação para democracia, que estará disponível para a sociedade. 

O programa será oferecido no período de 20 a 24 de agosto. As inscrições podem ser feitas até dia 14 de maio. As despesas para a vinda à Brasília serão custeadas pela Câmara dos Deputados. 

Mais informações e acesso ao edital: www.camara.gov.br/edulegislativa

Plenário aprova texto da Lei Geral da Copa


O Plenário aprovou o texto do deputado Vicente Candido (PT-SP) para a Lei Geral da Copa (PL 2330/11), que disciplina os direitos comerciais da Fifa na realização da Copa do Mundo de 2014 e estabelece privilégios temporários para a entidade. Os deputados analisam agora os destaques apresentados ao texto.
O primeiro deles, do PSD, já foi votado e rejeitado. O partido queria excluir do texto a cláusula que atribui à União a obrigação de assumir a responsabilidade por danos à Fifa decorrentes de incidentes ou acidentes de segurança relacionados aos eventos.
Leia a íntegra do texto em votação.
Reportagem – Eduardo Piovesan
Edição - Pierre Triboli

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quarta-feira, 28 de março de 2012

Brasil vai construir satélite geoestacionário de comunicações de governo


O ministro brasileiro da Ciência e Tecnologia, Marco Antônio Raupp, anunciou hoje em Nova Délhi que o Brasil vai lançar no próximo mês um edital de licitação internacional para empresas interessadas em participar da construção e do lançamento de um satélite geoestacionário de comunicações estratégicas de governo.

Adriana Moysés, enviada da RFI à Nova Délhi
O ministro explicou à RFI que além de servir às comunicações das Forças Armadas, o satélite vai ser usado no Programa Nacional de Banda Larga, que o governo federal desenvolveu para oferecer internet barata e de qualidade a todos os municípios brasileiros. Raupp acredita que o projeto do satélite vai atrair companhias da Índia pela experiência que elas acumulam no programa espacial indiano.

O ministro falou sobre outros projetos de cooperação entre o Brasil e a Índia nesse setor. No âmbito do Ibas, os dois países mais a África do Sul desenvolvem estudos para a construção e o lançamento de um satélite de observação do clima no Atlântico Sul. A região apresenta anomalias do campo magnético que deixam raios ultravioleta, danosos para a saúde do homem, entrar na Terra. Raupp destacou que é de grande importância o lançamento de um satélite científico que faça as mensurações para se proteger desse fenômeno.

Segundo o ministro, a Índia tem um programa espacial bastante evoluído e já lançou cerca de 70 satélites. As parcerias com os indianos são valorizadas pelo governo brasileiro porque eles têm capacidade para colocar os satélites em órbita, o que ainda falta ao Brasil.


Os governos indiano e brasileiro assinam, durante a visita da presidente Dilma Rousseff, um acordo que fará da Índia o primeiro país em desenvolvimento a participar do programa Ciência Sem Fronteiras, que viabiliza o envio de estudantes e cientistas brasileiros a universidades no exterior. As áreas escolhidas para o intercâmbio com universidades e institutos de tecnologia indianos são engenharia, nanotecnologia, biotecnologia, tecnologia da informação, saúde e produtos farmacêuticos. A meta do programa é favorecer 100 mil brasileiros durante os quatro anos do governo Dilma.
 
Fonte: http://www.portugues.rfi.fr/geral/20120328-brasil-divulga-em-nova-delhi-satelite-geoestacionario-de-comunicacoes-de-governo 

Facebook é a rede social preferida dos profissionais de marketing


Para Ricardo Grandinetti, gerente de produtos da LikeStore, serviço que permite a criação de lojas no Facebook, a maior presença nessa rede social ocorre pela flexibilização que ela oferece.


De acordo com estudo divulgado pela Robert Half, empresa de recrutamento especializado, o Facebook é a rede social preferida por 56% dos profissionais da área criativa, como publicidade e marketing.
Logo atrás aparecem o LinkedIn, com 21% das respostas; Google+, com 12%; e Twitter, com 4%. De todos os entrevistados, 5% não tiveram respostas; e outros 2% apontaram redes sociais menores.
Para Ricardo Grandinetti, gerente de produtos da LikeStore, serviço que permite a criação de lojas no Facebook, a maior presença nessa rede social ocorre pela flexibilização que ela oferece.
"Hoje o Facebook oferece mais que um simples canal de comunicação entre conhecidos, como era o Orkut, por exemplo. É possível realizar diversas atividades, como o próprio social commerce, que permite a comercialização de produtos pela rede social, em detrimento de outras mais específicas", acredita.
"Desta maneira, é natural que profissionais de uma área estimulante como a propaganda prefiram o Facebook em relação ao Twitter ou LinkedIn", conclui o executivo.

CNJ analisa uso de Lei da Ficha Limpa no Judiciário


Diante da possibilidade de o Poder Judiciário aplicar a seus funcionários as regras previstas na Lei da Ficha Limpa, integrantes do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) manifestaram ontem preocupação de o órgão de controle externo eventualmente extrapolar suas funções e acabar legislando sobre a nomeação ou não de servidores.

A proposta de aplicar a legislação para tribunais já recebeu três votos favoráveis - do relator, Bruno Dantas, e dos conselheiros Marcelo Nobre e Jorge Hélio. Mas o futuro presidente do CNJ, ministro Carlos Ayres Britto, que presidiu a sessão plenária de ontem, alertou sobre a eventual falta de fundamentação jurídica da proposta. A discussão foi interrompida por um pedido de vista do conselheiro Tourinho Neto. O CNJ deve retomar a discussão dentro de duas sessões.

A proposta prevê, por exemplo, que servidores em cargos em comissão ou de confiança em tribunais só poderão permanecer em suas funções se não tiverem contra si condenações por órgão colegiado e em segunda instância por crimes previstos na Lei da Ficha Limpa. O projeto em debate estabelece o prazo de até 90 dias para a exoneração desses servidores não concursados e proíbe a renovação de contratos com empresas que atuam por meio de terceirização nos tribunais e que tenham entre seus funcionários condenados pelos crimes da Lei da Ficha Limpa.

Na abertura das discussões, Ayres Britto se disse "preocupado com o aspecto legal da questão". Ele relembrou que o inciso 9º do artigo 116 da Lei nº 8.112, de 1990, que institui o Regime Jurídico dos Servidores Públicos, já estabelece entre os deveres do funcionário público manter "conduta compatível com a moralidade administrativa". Para o magistrado, o papel do CNJ não precisa ser o de listar, de imediato, situações para o preenchimento de um cargo no Judiciário, mas sim o de atestar que a norma jurídica aplicada no artigo 116 deve ser interpretada também no contexto de moralidade estabelecido pela Lei da Ficha Limpa.

"Deveríamos dizer que essa conduta, compatível com a moralidade administrativa, deve ser interpretada e aplicada pelos tribunais na perspectiva da Lei da Ficha Limpa. Teríamos uma base legal no âmbito federal, que seria o artigo 116, e como condição de investidura no cargo, mas não estaríamos criando uma lei propriamente", disse Ayres Britto.

O risco de o CNJ extrapolar suas funções também foi manifestado pelo conselheiro José Lúcio Munhoz, que integrou a Comissão de Eficiência Operacional e Gestão de Pessoas, grupo formado por três conselheiros para analisar previamente a proposta de ficha limpa para o Judiciário. Embora tenha sido voto vencido dentro da comissão, Munhoz conseguiu que o relator da proposta, Bruno Dantas, retirasse do texto a obrigação de os Tribunais de Justiça enviarem às Assembleias Legislativas projetos de lei para impedir, com base na Lei da Ficha Limpa, a admissão de servidores e magistrados aprovados em concurso.
Para Munhoz, a atribuição de competência jurídica aos TJs para propor esses projetos, poderia, por exemplo, ferir o princípio de separação entre os poderes e provocar contestações judiciais. "Estou fazendo adaptações no voto e no texto da resolução. Vou promover todos os ajustes e enviar novamente para os colegas", disse Dantas após as ponderações dos demais conselheiros do CNJ.

Sancionada em 2010, a Lei da Ficha Limpa determina que não podem receber registro para disputar cargos eletivos condenados em segunda instância e em decisão colegiada por crimes como formação de quadrilha, lavagem de dinheiro, abuso de autoridade, crime contra a administração pública e contra o sistema financeiro. 

Fonte:http://www.valor.com.br/brasil/2588302/cnj-analisa-uso-de-lei-da-ficha-limpa-no-judiciario?utm_source=newsletter_manha&utm_medium=27032012&utm_term=cnj+analisa+uso+de+lei+da+ficha+limpa+no+judiciario&utm_campaign=informativo&NewsNid=2587990

terça-feira, 27 de março de 2012

Comissão especial da Lei Anticorrupção ouvirá CNI

Comissão Especial sobre Atos contra a Administração Pública (PL 6826/10) ouvirá nesta quarta-feira (28) a diretora de Relações Institucionais e o advogado da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Mônica Messenberg Guimarães e Sérgio Campinho. A reunião, solicitada pela própria entidade, será realizada às 14 horas, no Plenário 12.
O projeto, de autoria do governo, pretende preencher duas lacunas na legislação atual: hoje, as sanções não alcançam o patrimônio da empresa nem garantem o ressarcimento do prejuízo causado aos cofres públicos. O foco da Lei 8.666/93 é regular as licitações e os contratos com a administração pública, e não atos de corrupção praticados pela empresa na relação com o Poder Público.
O projeto, segundo o Executivo, inova ao responsabilizar a pessoa jurídica que se beneficia de crimes como fraude em licitações e superfaturamento de obras: ela passaria a ser alvo de processo civil e administrativo. A intenção é recuperar os recursos desviados, já que apenas 8% deles retornam aos cofres públicos, segundo dados da Controladoria-Geral da União.
O relator do projeto, deputado Carlos Zarattini (PT-SP), disse que acolheu 10 das 30 emendas apresentadas pelos deputados. Uma das alterações feitas pelo relator foi inserir no projeto um capítulo sobre acordos de leniência. Nesse tipo de acordo, a empresa que for alvo de uma acusação pode ter a punição diminuída caso colabore com as investigações. Zarattini avalia que apenas uma minoria dos integrantes da comissão é contra a responsabilização das empresas por atos de corrupção. 

Íntegra da proposta:

Da Redação/WS

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Deputados não chegam a acordo sobre nova distribuição dos royalties


A falta de acordo marcou reunião realizada nesta terça-feira (27) pelo grupo de trabalho da Câmara destinado a analisar a partilha dos royalties do petróleo (PL 2562/11, do Senado). Na semana passada, o colegiado havia concordado que estados e municípios produtores não teriam perdas em suas receitas da exploração do óleo. Segundo o relator do grupo, deputado Carlos Zarattini (PT-SP), esse princípio será mantido, mas ainda não há definição sobre o modelo de distribuição que será votado em plenário.
O grupo de trabalho foi criado no último dia 13 e realizou hoje sua segunda reunião. Um novo encontro está marcado para o próximo dia 10 de abril, mas ainda não há previsão de quando Zarattini apresentará seu relatório, que será votado pelo Plenário.
O relator afirmou que só chegará ao texto final após reunião com o ministro da Fazenda, Guido Mantega, e com o presidente da Câmara, Marco Maia, em que saberá a data provável de votação da proposta. A expectativa dele é que isso aconteça até meados de maio.
Propostas
O deputado Anthony Garotinho (PR-RJ) reafirmou hoje uma proposta feita na semana passada que prevê a manutenção dos royalties recebidos hoje pelos estados e municípios produtores, em valores nominais corrigidos pelo Índice Geral de Preços do Mercado (IGPM). Pela sugestão, o restante desse valor seria dividido entre os estados e municípios não produtores de acordo com os critérios de distribuição dos fundos de participação dos estados e dos municípios.

Saulo Cruz
Reunião Ordinária.  Pauta: apreciação do relatório do dep. Carlos Zarattini, coordenador.
Garotinho (à direita) propõe que a arrecadação dos estados produtores seja corrigida pelo IGPM.
O índice de reajuste das verbas dos entes produtores, no entanto, causou divergências. Para Marcelo Castro (PMDB-PI), por exemplo, a verba deveria ser atualizada anualmente de acordo com o valor do barril de petróleo – o que comportaria eventuais quedas de arrecadação. A medida não foi aceita por Garotinho.
A proposta de Garotinho, no entanto, não foi acolhida pelos seus próprios companheiros de bancada. Segundo Alessandro Molon (PT-RJ), a bancada fluminense, pelo menos em sua maioria, não aceita qualquer mudança nos contratos e nas licitações já feitas. “É uma questão de segurança jurídica. O País não pode mudar as regras do jogo durante o jogo”, afirmou.
Molon sugeriu a manutenção dos contratos atuais da forma como estão e a distribuição dos royalties dos próximos contratos da seguinte forma: 25% para a União, 25% para estados e municípios produtores, 25% para todos os estados e 25% para todos os municípios. Nestes dois últimos casos, a partilha também teria por base os critérios dos fundos de participação de estados e municípios. Para compensar a demora no recebimento desses royalties, Molon propôs a criação de um fundo de antecipação de receita de royalties a ser distribuído a partir de 2013.
Ceticismo
Por causa das divergências, os deputados Hugo Leal (PSC-RJ) e Luiz Alberto (PT-BA) chegaram a duvidar da possibilidade de acordo no grupo de trabalho. Para o relator, Carlos Zarattini, contudo, será possível chegar a um consenso. “O princípio de manutenção das receitas dos entes produtores será a base de um acordo. Temos de pensar aqui em um ponto comum que leve em consideração os interesses do País como um todo, não de um ou outro estado”, explicou.

Íntegra da proposta:

Reportagem – Carolina Pompeu
Edição - Juliano Pires

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segunda-feira, 26 de março de 2012

Brasileiros participam de exposição de nanoarte em Israel


Pesquisadores e técnicos do Centro Multidisciplinar para o Desenvolvimento de Materiais Cerâmicos (Cmdmc) e do Instituto Nacional de Ciência dos Materiais em Nanotecnologia (Inctmn) farão uma exposição de suas obras de nanoarte hoje e amanhã (26 e 27/03), em Israel. As unidades têm sede na cidade de São Carlos (SP). As telas são desdobramentos do trabalho de pesquisa realizado pelos dois centros, que têm como líder Elson Longo, professor do Instituto de Química daUnesp, Câmpus de Araraquara.

“A Nanoarte é uma expressão artística recente, surgida com a nanotecnologia. As imagens são de materiais em nanoescala, isto é, com dimensão um milhão de vezes menores que um milímetro, obtidas por intermédio de microscópios eletrônicos de alta precisão”, explica Longo.

O professor explica que um dos elementos que diferencia essas imagens artísticas invisíveis a olho nu (com dimensões um milhão de vezes menores que um milímetro) das nanoimagens científicas tradicionais é a maneira como as primeiras são coloridas pelos pesquisadores. A partir da pigmentação, usada originalmente para ressaltar aspectos e propriedades do objeto observado, esses registros feitos por microscópios de varredura de alta resolução ou de transmissão ganham vida e relembram objetos “visíveis” da natureza e do dia a dia humano.

Ele ressalta ainda que a técnica de colorir já ultrapassou os limites artísticos. Imagens de fragmentos em nanoescala pintadas cada vez mais aparecem nas principais revistas científicas do mundo. “Não é coincidência que países que têm tradição artística como Espanha e França estejam entre os que produzem mais nanoarte, ao lado dos EUA e Rússia”, diz.

O pesquisador também afirma que alguns exemplares de nanoarte podem alcançar preços de até US$ 15 mil dólares. O alto valor é devido ao alto custo do equipamento, que pode valer US$ 1 milhão e ao fato de serem imagens originais que, em geral, não podem ser reproduzidas.

Apresentação em Nova York

Os artistas que participam da exposição em Israel já haviam se apresentado na Mostra Internacional On-line Nanoarte-2011, realizada em Nova York, EUA. O evento foi organizado pelo artista romeno Cris Orfescu, da Universidade de Nova York. A mostra norte-americana reuniu 149 imagens produzidas por 42 participantes de 12 países: EUA, Brasil, Alemanha, Canadá, Itália, Romênia, Holanda, Eslovênia, México, Grécia, França, e Luxemburgo.

Do Brasil, foram selecionadas para a exposição os seguintes trabalhos do Cmdmc e do Inctmn: Spirals Hematite, de Rorivaldo Camargo; Tenis Bol Silver Nanoparticles, de Ricardo Tranquilim, e Dreams by Van Gogh e Status Quo, de Enio Longo.

Algumas dessas obras estão reunidas no site www.cmdmc.com.br/nanoarte/. O acervo digital inclui exposições de fotos, vídeos no YouTube e material didático para escolas do ensino fundamental e médio.

Fonte: Assessoria de Comunicação e Imprensa da Unesp, com material de José Angelo
Santilli e do Jornal da Ciência

Confiança do consumidor avança em março

O índice de confiança do consumidor, elaborado pela Fundação Getulio Vargas, avançou 2,8% em março, atingindo 122,7 pontos. 

 

O nível é o mais alto desde julho de 2011, quando o indicador alcançou 124,4 pontos.
Houve melhora tanto nas avaliações sobre o momento atual quanto nas expectativas em relação aos próximos meses.
O Índice da Situação Atual (ISA) subiu 1,6%, ao passar de 140,5 para 142,7 pontos, enquanto o Índice de Expectativas cresceu 3,6%, de 108,3 para 112,2 pontos.
A pesquisa revelou que os consumidores pretendem gastar mais na compra de bens duráveis.
A parcela de consumidores que planeja gastar mais com duráveis nos seis meses seguintes caiu de 17,8% para 13,8%; a dos que pretendem gastar menos diminuiu em maior magnitude, de 38,0% para 26,0%.
Outro item em alta no mês é a satisfação com a situação econômica local.
Entre fevereiro e março, a proporção de consumidores que avaliam a situação econômica local como boa aumentou de 24,4% para 29,8%; a dos que a julgam ruim subiu em menor proporção, de 17,0% para 17,6%.

A perigosa sedução do mercado

O mercado aquecido e a propalada escassez de talentos podem ser motivos para incentivar executivos ou profissionais com alta qualificação a procurar nova colocação no mercado ou se deixar seduzir pelas propostas dos concorrentes.


Nada mais tentador que o "beijo do mercado" para elevar a autoestima, valorizar o passe e alavancar a carreira do profissional. O que fazer diante do cortejo e das propostas? O que vale mais à pena: investir na carreira na empresa na qual trabalha há anos ou tentar novos desafios?
Remuneração maior é, sem dúvida, um dos motores da movimentação profissional no mercado, especialmente quando ela está atrelada à ascensão a postos mais elevados.
Mas não deve ser o único fator que deve ser levado em consideração na hora de optar por sair de uma empresa.
A primeira coisa que o profissional deve fazer quando recebe um convite é fazer uma profunda avaliação de sua carreira. É preciso identificar quais são seus objetivos, onde quer chegar, quais suas prioridades e se uma repentina mudança está de acordo com seus valores.
Em alguns casos, a decisão é óbvia e fácil. Isso ocorre quando o profissional está insatisfeito no trabalho, acredita que a organização não reconhece seu talento, não investe em seu potencial ou não lhe propõe novos desafios.
Contudo, essa avaliação merece cautela: muitas vezes, o profissional tem um histórico de mudanças cujos motivos devem ser investigados. Se costuma trocar constantemente de emprego é porque existe um problema que ele não está enxergando e o responsável pela instabilidade pode não ser a empresa.
Neste caso, o melhor é procurar outras pessoas que possam ajudá-lo a mapear com clareza seus pontos fortes e fracos.
Os executivos não podem, também, deixar-se iludir pela ideia de que existem empresas dos sonhos.
Conheço profissionais que "sonhavam" em trabalhar em empresas com excelente reputação no mercado, conseguiram realizar esse sonho, mas pouco depois se decepcionaram e chegaram à conclusão de que as coisas não eram muito diferentes da realidade com que conviviam nas organizações em que tinham trabalhado anteriormente.
No final, descobriram que tinham trocado seis por meia dúzia.
Por isso, é importante que o profissional, ao receber um convite, procure levar em consideração a reputação da organização, seu porte, sua solidez financeira, potencial de crescimento, sua política de gestão de pessoas, investimentos que vem fazendo.
Para o executivo, só faz sentido mudar-se para uma empresa com melhores perspectivas de crescimento e para um cargo hierarquicamente superior ao que ocupa no momento.
Recorra a pesquisas na internet, principalmente nos sites de jornais e revistas especializados em economia, para inteirar-se sobre o que tem sido publicado sobre a organização nos últimos anos. Se possível, converse com funcionários.
Existem outros critérios que orientam a mudança. Alguns talentos preferem ir para uma empresa menor em busca de novos desafios e de melhor qualidade de vida, por exemplo. É um bom motivo.
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Marcelo Mariaca é presidente do conselho de sócios da Mariaca e professor da BBS Business School
Fonte: 
http://www.brasileconomico.ig.com.br/noticias/a-perigosa-seducao-do-mercado_114744.html