O ministro brasileiro da Ciência e Tecnologia, Marco Antônio Raupp, anunciou
hoje em Nova Délhi que o Brasil vai lançar no próximo mês um edital de licitação
internacional para empresas interessadas em participar da construção e do
lançamento de um satélite geoestacionário de comunicações estratégicas de
governo.
Adriana Moysés, enviada da RFI à Nova Délhi
O ministro explicou à RFI que além de servir às comunicações das Forças
Armadas, o satélite vai ser usado no Programa Nacional de Banda Larga, que o
governo federal desenvolveu para oferecer internet barata e de qualidade a todos
os municípios brasileiros. Raupp acredita que o projeto do satélite vai atrair
companhias da Índia pela experiência que elas acumulam no programa espacial
indiano.
O ministro falou sobre outros projetos de cooperação entre o Brasil e a Índia
nesse setor. No âmbito do Ibas, os dois países mais a África do Sul desenvolvem
estudos para a construção e o lançamento de um satélite de observação do clima
no Atlântico Sul. A região apresenta anomalias do campo magnético que deixam
raios ultravioleta, danosos para a saúde do homem, entrar na Terra. Raupp
destacou que é de grande importância o lançamento de um satélite científico que
faça as mensurações para se proteger desse fenômeno.
Segundo o ministro, a Índia tem um programa espacial bastante evoluído e já
lançou cerca de 70 satélites. As parcerias com os indianos são valorizadas pelo
governo brasileiro porque eles têm capacidade para colocar os satélites em
órbita, o que ainda falta ao Brasil.
Os governos indiano e brasileiro assinam, durante a visita da presidente
Dilma Rousseff, um acordo que fará da Índia o primeiro país em desenvolvimento a
participar do programa Ciência Sem Fronteiras, que viabiliza o envio de
estudantes e cientistas brasileiros a universidades no exterior. As áreas
escolhidas para o intercâmbio com universidades e institutos de tecnologia
indianos são engenharia, nanotecnologia, biotecnologia, tecnologia da
informação, saúde e produtos farmacêuticos. A meta do programa é favorecer 100
mil brasileiros durante os quatro anos do governo Dilma.
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